Poucos sabem, mas Joinville abriga o
responsável por ao menos três grandiosos recordes brasileiros. Alcides Vieira,
58, tem um gosto pelas grandes proporções. Foi ele quem assinou o preparo do
maior caldo de ressacada do Brasil, que serviu 30 mil foliões na cidade de
Acopiara, interior do Ceará, em março deste ano. É dele, também, a maior
caldeirada brasileira, feita em Porto Belo, Santa Catarina. Alcides preparou,
ainda, a maior feijoada do Brasil, feita em Prudentópolis, Paraná.
Nesta quinta-feira, ele esteve em Massaranduba,
preparando o primeiro carreteiro gigante da Fecarroz, que serviu 5.500 pessoas.
Mais que uma fonte de renda, as grandes refeições são uma espécie de hobby que
levam o tempero de Alcides para diversas cidades do país.
A entrada nesse mundo de gigantes ocorreu
por acaso, há dez anos.
- A panela gigante do Sítio Novo estava
desacreditada, só se fazia pinhão nela, pois era o que dava. Então a Prefeitura
de Garuva encomendou um carreteiro e aceitamos. Porém, o cozinheiro cobrava
muito caro. Mas já tínhamos aceitado, então tive que dar um jeito. Fui lá e fiz,
aprendi na prática.
De lá para cá, já foram cerca de 15 grandes
refeições: além do carreteiro, da feijoada, do caldo de ressacada e da
caldeirada, ele já fez uma quirera gigante. Entre todos, o de preparo mais
difícil é o carreteiro, já que o arroz cozido torna mais árduo o trabalho de
mexer a panela. Foi este o prato, porém, que Alcides mais fez na grande panela
do Sítio Novo. É ela sua companheira fiel em todos os eventos: suas refeições
sempre são preparadas na grande panela de ferro, que tem volume de 7.450
litros.
- Aonde a panela vai, o povo vai _ sorri
Alcides, lembrando que o público está sempre presente para assistir aos
grandiosos preparos.
Quebrando a tranquilidade
No dia a dia, grandes volumes só passam perto
de Alcides em sua plantação: ele vive em um sítio onde planta melancias.
Afastado de sua empresa, uma construtora, hoje sob direção de um de seus filhos,
o cozinheiro das grandes refeições tem uma rotina pacata e dedicada à
tranquilidade de sua propriedade. Lá, ele também mexe nas panelas, porém em
menores volumes: os pratos são apenas para amigos e familiares.
- Gosto muito de fazer carne de panela -
confessa ele.
Diário Catarinense
Santa Catarina
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