quarta-feira, 20 de agosto de 2014

GIGI - A maior cafetina do Brasil.

Vida dupla, a libertinagem rende homenagens

Gigi é recebida na Câmara Municipal de Itapira

Jiselda Oliveira, a Gigi, (7 de dezembro de 1955 (59 anos)) apresentava-se como artista plástica, mas é considerada a maior cafetina do Brasil e chefe de uma quadrilha especializada em crimes ligados à exploração sexual de mulheres. No seu catálogo de garotas de programa, estavam atrizes e capas de revistas masculinas. Sua clientela incluía políticos e jogadores de futebol.

Gigi acompanhada no Palácio Bandeirantes pelo governador Cláudio Lembo, de São Paulo

Gigi, que foi casada duas vezes e tem uma filha adulta, iniciou seus estudos em Tatuí. No Conservatório local, aprendeu piano e flauta (1977). Depois teria se iniciado no artesanato (1995) antes de se dedicar às artes plásticas e tornar-se pintora.
Apresentando-se como artista plástica, tornou-se bem relacionada: conhecia políticos, frequentava eventos, recebia condecorações, como a que lhe foi concedida pela Fundação Casa de Rui Barbosa, era fotografada ao lado de gente famosa. Estas fotos eram divulgadas nas suas páginas no Orkut.


Em 2006 foi recepcionada no Palácio dos Bandeirantes, em um evento da Arquidiocese Ortodoxa, para entregar ao então governador de São Paulo, Cláudio Lembo, um quadro seu. Ela também teria retratado o presidente Lula, a pedido de um deputado estadual do PT paulista, mas não chegou a entregar-lhe a obra.
Em verdade, Gigi levava uma vida dupla, pois há mais de 30 anos vivia de agenciar garotas para programas sexuais no Brasil e no exterior. No final de 2006, Gigi foi presa com mais sete pessoas depois de seis meses de investigações, durante a Operação Afrodite, batizada em homenagem à deusa grega do amor e do sexo. Hoje ela está na Penitenciária Feminina de São Paulo, no distrito de Santana. Será julgada por rufianismo e formação de quadrilha, tráfico internacional de mulheres e tráfico interno de pessoas. Se condenada, pode pegar de um a oito anos de prisão por cada um dos crimes de que é acusada.
Segundo a Polícia Federal, ela é a 'a maior cafetina do Brasil'. Em seu time de agenciadas, estariam modelos, atrizes, participantes de reality shows, assistentes de palco de programas de TV e capas de revistas masculinas. Na clientela, políticos, magistrados, jogadores de futebol, empresários e autoridades estrangeiras, homens dispostos a pagar caro por algumas horas de sexo. Os preços por um programa começavam em 500 reais e podiam chegar à casa dos 50 mil reais, no caso de mulheres famosas.


Entre as provas colhidas pela PF há books (álbuns) com fotos de mulheres seminuas - que eram enviados por e-mail ou entregues em CD aos clientes - e passagens de avião e vouchers de hospedagem de modelos em hotéis no exterior. Ainda há dezenas de horas de escuta das ligações telefônicas em que ela negociava as garotas.
Os negócios escusos de Jiselda aconteceriam encobertos pela fachada de uma agência de modelos, a Gigi Models, que funcionava em um apartamento próprio no Centro de São Paulo. Garotas agenciadas por Gigi podiam tanto atender a potentados árabes no distante Dubai, como satisfazer a traficantes e criminosos de colarinho branco em presídios paulistas.
Ela também utilizava sites para divulgar suas meninas. Em dois deles, o "Vírgula.com" e o "Garotas do Outdoor", há ensaios de garotas nuas que usam como locação a chácara de Gigi, em Juquitiba. Os administradores dos sites admitem conhecer Gigi, mas alegam que ignoravam suas ligações com prostituição.
Com sua prisão e a revelação de suas atividades criminosas, passou-se a questionar até mesmo a autoria dos quadros assinados por ela. Segundo alguns entendidos, sua formação autodidata, complementada com a “assessoria” de artistas pouco conhecidos, tal como divulgado em suas páginas no Orkut, não lhe dariam a formação necessária para produzir os quadros tidos como de sua autoria. Também os prêmios que alega ter recebido são considerados inexpressivos e pouco confiáveis no meio artístico. Mas o certo é que Gigi realizou exposições em espaços nobres como o Senado Federal, em Brasília.
Fonte: Blog do Facó

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