domingo, 24 de agosto de 2014

Ilha do Bananal...É coisa nossa.


A maior ilha fluvial do mundo, santuário ecológico.



A Ilha do Bananal é a maior ilha fluvial do mundo, com cerca de vinte mil quilômetros quadrados de extensão (1.916.225 hectares), cercada pelos rios Araguaia e Javaés. É considerada como uma Reserva da Biosfera pela UNESCO desde 1993, sendo também uma das Zonas Húmidas de Importância Internacional, classificadas pela Convenção de Ramsar. A Ilha do Bananal fica localizada no estado brasileiro do Tocantins, estando subdividida entre os municípios de Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Pium. A ilha faz parte da divisa do Tocantins com os estados do Mato Grosso (no Rio Araguaia) e de Goiás (na porção sul do Rio Javaés). Na foz do Rio Javaés, localizada no extremo norte da ilha, está localizada a tríplice divisa entre os estados do Tocantins, do Mato Grosso e do Pará.



A Ilha do Bananal é composta pela Terra Indígena Parque do Araguaia, que abrange toda a porção sul e boa parte da porção oeste da ilha até a latitude da cidade de Santa Terezinha (MT); pelo Parque Nacional do Araguaia, que abrange as porções norte e nordeste da ilha; pela Terra Indígena Inãwébohona, que se sobrepõe ao Parque Nacional do Araguaia, estando localizada na porção nordeste da ilha; e pela Terra Indígena Utaria Wyhyna/Iròdu Iràna, que também se sobrepõe ao Parque Nacional do Araguaia e está localizada na porção norte da ilha. Deste modo, toda a Ilha do Bananal é considerada pela constituição federal como terra da união, sendo o maior complexo de reservas existente no estado do Tocantins. Os povos indígenas que vivem na Ilha do Bananal, são: os Carajás, os Javaés, os Tapirapés, os Tuxás e os Avá-Canoeiros (mais conhecidos na região pelo apelido de Cara-Preta). As estradas que dão acesso ao interior da Ilha do Bananal são a rodovia BR-242 (mais conhecida neste trecho como Transbananal), a Transaraguaia (extensão não-oficial da TO-255), além de uma estrada sem nome que liga a Aldeia Santa Isabel do Morro ao extremo sul da ilha, margeando o Rio Araguaia e o Rio Caracol.


Panorama do Rio Araguaia na Ilha do Bananal.

Descoberta em 26 de julho de 1773 pelo sertanista José Pinto Fonseca, recebe o nome de Santana. Posteriormente, passa a se chamar Bananal, em razão da existência de extensos bananais silvestres.


A Ilha do Bananal abriga cerca de quinze aldeias indígenas, sendo que a maior delas é a Aldeia Santa Isabel do Morro, que fica localizada bem próximo à cidade de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso.
A Ilha do Bananal é considerada um dos santuários ecológicos mais importantes do país. Por estar na faixa de transição entre a Floresta Amazônica e o cerrado, possui fauna e flora bastante diversificadas. A fauna tem espécies comuns ao Pantanal Mato-Grossense, como aonça-pintada, boto, uirapuru, garça-azul e tartaruga-da-amazônia.
Na flora destacam-se vários gêneros de orquídeas terrestres, a maçaranduba, piaçava e canjerana. Na vegetação predominam os campos, conhecidos na região pelo nome de varjões. Aparecem ainda o cerrado, a mata seca de transição, as matas ciliares de igapó, vegetação das encostas secas e vegetação dos bancos de areia.


A Ilha do Bananal é de grande importância para o Brasil, pois sua fauna e flora tem muita diversidade, sua conservação é fundamental para o equilíbrio ecológico.
Desde tempos imemoriais, a Ilha do Bananal é habitada por índios. No presente, existem alguns grupos indígenas presentes nas aldeias da Ilha do Bananal, especialmente das etnias Karajá-Javaé, Avá-Canoeiro e Tapirapé, que ocupam a Terra Indígena Parque do Araguaia e a Terra Indígena Inãwébohona.


No interior da gigantesca Mata do Mamão, localizada no centro-norte da ilha, existe um pequeno grupo de índios da tribo Avá-Canoeiro que rejeita qualquer tipo de contato com a civilização, inclusive com os indígenas das aldeias mais próximas. Este é o único grupo de índios que até hoje permanece isolado da civilização no Tocantins.

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