quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

DENUNCIAS DE CORRUPÇÃO NO VATICANO

Denúncias podem ofuscar sucessão de Bento XVI na Igreja Católica





Uma série de revelações sobre uma trama de corrupção, sexo e tráfico de influência no Vaticano, lançadas nesta semana pela imprensa italiana, ofuscam o conclave para a eleição do futuro chefe da Igreja Católica, depois da histórica renúncia do papa Bento XVI. As escandalosas denúncias, publicadas por dois importantes meios de comunicação, o jornal La Repubblica, de Roma, e a revista Panorama, de Milão, afirmam que o sumo pontífice decidiu renunciar ao cargo depois de receber um relatório ultrassecreto de 300 páginas, produzido por três cardeais idosos de confiança.

No dossiê, são descritas as lutas internas pelo poder e pelo dinheiro, assim como o sistema de chantagens internas baseadas em fraquezas sexuais, o chamado lobby gay do Vaticano. “Fantasias, invenções, opiniões”, afirmou na quinta-feira o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, depois de advertir que não comentaria as matérias e que os cardeais envolvidos recusarão entrevistas. Sob o título “Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no relatório que sacudiu o papa”, o jornal romano sustentou que Herranz, da organização Opus Dei, que presidiu a investigação cardinalícia, relatou no dia 9 de outubro ao papa os ‘assuntos mais escabrosos’ do relatório.

Em seu relatório especial, a Panorama, em um texto assinado por Ignazio Ingrado, sustenta que o documento cardinalício será determinante para a eleição do sucessor de Bento XVI.

“Bolha na Cúria”
“Este assunto cresceu enormemente. “Asseguro como presidente desta comissão que foi criada uma bolha na Cúria que explodiu sozinha”, afirmou Herranz ao jornal El País, de Madri.

Na entrevista, publicada em 18, o cardeal afirmou que “querer ver ninhos de cobras, máfias que lutam entre si, ódios internos, tudo isso é absolutamente falso”. Embora reconheça que existem “ovelhas negras”, como em todas as famílias, o governo da Igreja é ”o menos corrupto e o mais transparente que existe”, disse.

Faltando pouco menos de uma semana para que Bento XVI formalize sua renúncia ao pontificado “por falta de forças”, uma decisão inédita, vêm à tona todos os escândalos e anomalias que atingiram seus quase oito anos de pontificado.( Fonte: Jornal O Povo)

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