Tombamento
Bangalô tem destino incerto

Enquanto o processo de tombamento tramita na Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), encontra-se indefinido o destino do bangalô situado no cruzamento das ruas Padre Valdevino e João Cordeiro, no bairro Joaquim Távora. Embora a edificação não possa sofrer alterações até o término do processo, ontem, populares denunciaram a movimentação de homens que estariam executando obras no local, o que foi rechaçado pela Monteplan Engenharia.
"O processo de tombamento provisório foi equivocado", comentou, ontem, o coordenador administrativo da construtora, Rodrigues Braga, garantindo que os trabalhadores da empresa continuam no local "mas apenas fazendo carga e descarga de material". Segundo ele, o prédio, que já abrigou a escola Nossa Senhora da Assunção, foi adquirido há cerca de seis anos pela construtora, que decidiu, agora, erguer na área dois blocos de apartamentos, cada um deles com 44 unidades.
"O prédio está deteriorado e ninguém lembrava que ele existia, mas agora começou o problema", citou, explicando ainda que a construtora já obteve a licença prévia, a licença de instalação e, por último, o alvará de construção. O terreno tem cinco mil metros quadrados e se a obra não for erguida "deixam de trabalhar 40 pais de família", disse.
Já o coordenador de Patrimônio Histórico e Cultural da Secultfor, Alênio Carlos Noronha Alencar, explicou que a Secretaria busca uma solução que preserve o bangalô, mas não prejudique a construtora. Garante que, pela dimensão do terreno, existe condições de receber os dois blocos de apartamento e de ser mantido o bangalô.
A solicitação de tombamento partiu do vereador João Alfredo Telles Melo (PSOL) através de ofício enviado à Secultfor. A questão voltará a ser discutida na próxima reunião do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico-Cultural (Comphic), no início de abril. (Diário do Nordeste)
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