quarta-feira, 20 de março de 2013

CARROS ANTIGOS POLUEM MAIS


22% da frota do Ceará tem acima de 15 anos 

O problema é que os veículos antigos não possuem tecnologia de energia limpa e acabam poluindo mais
Apesar das facilidades e dos subsídios para a compra de veículos novos, ainda há muitas "latas velhas" circulando no Ceará, 22% do total. Dos mais de 2.186.599 carros regulares no Estado, 480.971 são considerados antigos, ou seja, acima de 15 anos de uso, nossa segunda maior frota.

É preciso garantir a saúde do "velhinho" para que ele não gere muita emissão no ar Foto: Kelly Freitas

Maior problema disso está no fato de serem mais poluidores, não possuírem tecnologias de energia limpa. O desafio, conforme especialistas, é garantir a boa "saúde" do velhinho para que não gere muita emissão no ar.

Já os veículos novos estão em primeiro lugar, com 961.364 unidades circulando pelas ruas do Ceará. Para Lorena Moreira, diretora de planejamento do Departamento do Departamento Nacional de Trânsito (Detran-CE), apesar da frota ser majoritariamente nova, ainda há uma presença ainda ostensiva de diversos veículos mais antigos.

"Um dos problemas que eles podem trazer é a questão do aumento da poluição. O motorista deve ter cuidado de manter o carro sempre revisado para reduzir o problema", acrescenta.

Há dois motivos que garantem a permanência desses veículos mais antigos. Um é a dificuldade financeira da população em adquirir um novo bem. A segunda causa é a paixão, o vício de colecionar e circular nesses clássicos e até raros automóveis.

Poluição
De acordo com Lúcio Nobre do Nascimento, técnico da Gerência de Análise e Monitoramento (Geamo) da Superintendência Estadual de Meio Ambiente do Ceará (Semace), parte da poluição se dá, sim, pela falta de conservação e regulagem desses veículos bem mais antigos.

E os danos trazidos por esses poluidores potenciais são muitos, desde a questão ambiental até o mal para a saúde. E várias são as doenças que a fumaça negra pode acarretar: problemas nos olhos, no aparelho respiratório, doença infecciosa aguda, bronquite, asma.

"Todos os carros passam pela fiscalização do mesmo jeito, só que temos mais rigor, sim, com os mais antigos, pois são potencialmente mais poluidores. Hoje, veículos trazem mais tecnologias limpas, há uma preocupação com o meio ambiente que nos anos 70 e 80 não havia de jeito algum na indústria automobilística", avalia Nascimento.

Apesar da presença de "latas velhas", a Geamo comemora a redução das multas por emissão de "fumaça negra". De 1990 a fevereiro de 2013, a quantidade caiu de 34,5% para 12,5%.

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