Cinco horas de paredão de som e o resultado: perda parcial da audição
Outros nocivos barulhos cultuados pela juventude é o que sai de paredões de som, sejam os montados em carros, sejam os dos shows de música e boates. No Carnaval deste ano, a advogada Suellen Leite, de 25 anos, sofreu as consequências na saúde após uma tarde colada ao paredão de som, na Praia do Presídio, em Aquiraz. “Depois da festa, à noite, não conseguia ouvir nada. Fazia leitura labial. No dia, seguinte, melhorou, mas ainda sentia o ouvido doendo, cansado”, relata Suellen. Quando foi ao médico, o diagnóstico: perda parcial da audição dos dois ouvidos. “Foram cinco horas de paredão. Não esperava, de nenhuma forma, uma consequência dessas”, lamenta a advogada. E olhe que ela nem gosta de fones de ouvido.
O que aconteceu com Suellen foi um trauma acústico ocasionado por uma única exposição ao som intenso. “A perda pode ser permanente ou temporária porque se estressou o sistema auditivo, que entrou em fadiga. A pessoa sente dor, zumbido, diminuição da audição, mas as células podem se recuperar em um ou dois dias”, explica a fonoaudióloga da Associação Brasileira de Audiologia e professora da Universidade de São Paulo (USP), Alessandra Samelli. Mas destaca: “Agora, se todo fim de semana ficar perto de um paredão de som, vai chegar uma hora em que as células morrerão e a perda será irreversível”.
Além do paredão de som que troa dos carros, os mega-shows e as baladas são ambientes nocivos à saúde do ouvido. A orientação da médica é ficar o mais longe possível das caixas de som e, se possível, usar protetor auricular. Sair um pouco da concentração de som, de meia em meia hora, também alivia o estresse sofrido pelo ouvido.
Fones de ouvido
Em tamanho, bem menores que os paredões, os fones de ouvido também causam algum estrago. Boa parte dos jovens faz justamente o contrário do que pregam as recomendações médicas. A universitária Aline de Oliveira, 20, por exemplo, já diz perceber a necessidade de aumentar cada vez mais o som dos fones de ouvido para perceber a mesma intensidade sonora. “Coloco numa altura suficiente para não escutar nada ao redor”, diz. para ela, o barulho oriundo do aparelhinho de som a ajuda a manter a concentração nos estudos. (Luar Maria Brandão)
O que aconteceu com Suellen foi um trauma acústico ocasionado por uma única exposição ao som intenso. “A perda pode ser permanente ou temporária porque se estressou o sistema auditivo, que entrou em fadiga. A pessoa sente dor, zumbido, diminuição da audição, mas as células podem se recuperar em um ou dois dias”, explica a fonoaudióloga da Associação Brasileira de Audiologia e professora da Universidade de São Paulo (USP), Alessandra Samelli. Mas destaca: “Agora, se todo fim de semana ficar perto de um paredão de som, vai chegar uma hora em que as células morrerão e a perda será irreversível”.
Além do paredão de som que troa dos carros, os mega-shows e as baladas são ambientes nocivos à saúde do ouvido. A orientação da médica é ficar o mais longe possível das caixas de som e, se possível, usar protetor auricular. Sair um pouco da concentração de som, de meia em meia hora, também alivia o estresse sofrido pelo ouvido.
Fones de ouvido
Em tamanho, bem menores que os paredões, os fones de ouvido também causam algum estrago. Boa parte dos jovens faz justamente o contrário do que pregam as recomendações médicas. A universitária Aline de Oliveira, 20, por exemplo, já diz perceber a necessidade de aumentar cada vez mais o som dos fones de ouvido para perceber a mesma intensidade sonora. “Coloco numa altura suficiente para não escutar nada ao redor”, diz. para ela, o barulho oriundo do aparelhinho de som a ajuda a manter a concentração nos estudos. (Luar Maria Brandão)
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