Em cartaz no Sudeste, longa de Halder Gomes se sai melhor nas salas do circuito de cinemas de arte da região
A expectativa está desfeita. "Cine Holliudy", de Halder Gomes, é uma obra puramente regional. Ao estrear na última sexta-feira na região Sudeste - compreendendo Belo Horizonte, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo - em 40 salas, foi visto por 11.646 espectadores. A média é de 263 espectadores por sala.
A expectativa dos produtores é de que o filme feche a temporada com 500 mil espectadores
Com esses números da região sudeste, acrescidos aos obtidos na região Centro-Oeste (Brasília, Goiânia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins), em um total superior a 22 mil ingressos vendidos nas quatro cidades, "Cine Holliúdy" ganha esse rótulo, conforme o diretor de programação da Downtown Filmes, Aguinaldo Silva, que nos revelou os números obtidos pelo filme nas diversas regiões do País. "Cine Holliudy´ se confirma como uma produção de caráter regional e isso é positivo", afirma.
Realmente, a classificação não é nada pejorativa para o filme de Halder Gomes. Ao contrário, trata-se de "algo novo" em termos de cinema brasileiro, pois acaba de ser aplicado, também, a outra produção lançada recentemente, "O Tempo e o Vento", de Jaime Monjardim, rodada no Rio Grande do Sul. Esse "cinema regional" é extremamente salutar para a indústria da sétima arte no Brasil. E, como dado novo, pode estar surgindo, com o sucesso desses dois filmes em suas regiões, um novo tipo de produção.
Segundo Aguinaldo, "os números obtidos por ´Cine Holliúdy´ não podem ser considerados decepcionantes, pois não tínhamos uma estimativa fechada, embora o mercado tivesse uma expectativa para um público bem maior". Entrevistado via e-mail, Halder Gomes revela que essa projeção era de 50 mil ingressos iniciais.
Bruno Wainer, fundador da Downfilmes, distribuidora de "Cine Holliúdy", em entrevista também por e-mail, revela que o lançamento no Sudeste era, para ele, "uma incógnita total". "Eu não tinha nenhuma expectativa e sabia que ia ser dureza. Investimos o necessário para o filme ter visibilidade, mas sabíamos das dificuldades que iríamos enfrentar", explica.
PEDRO MARTINS FREIRECRÍTICO DE CINEMA
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