A médica cubana Ramona Matos Rodriguez, que
veio ao Brasil para participar do programa Mais Médicos e buscou abrigo na
liderança do DEM na Câmara, informou nesta quarta-feira (4) que vai ficar
morando no local até que tenha uma resposta do governo brasileiro sobre a
concessão de asilo político. O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), afirmou que
deverá protocolar o pedido no Ministério da Justiça nesta quarta (5).
O programa traz profissionais estrangeiros para
atender pacientes do interior do país e de áreas carentes das grandes cidades.
Ramona atuava em Parajá, no Pará. No último sábado (1º), ela partiu da cidade em
direção a Brasília, após descobrir que os demais profissionais estrangeiros
recebem R$ 10 mil pelo programa. Segundo ela, os cubanos recebem US$ 400 (cerca
de R$ 965).
"Eu pretendo ficar aqui [no Brasil]. E pedi a
proteção do deputado [Ronaldo Caiado, ex-líder do DEM], porque eu temo pela
minha vida. Estou certa que se neste momento vou para Cuba, vou estar presa. Fui
enganada pelo governo cubano", disse. Questionada se pretende permanecer no
gabinete da liderança do DEM, a médica respondeu que sim. "Até que me deem uma
resposta [sobre o asilo político]", completou.
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