

E como Francisco chegou aos corações de crentes e não crentes? Simplesmente por meio de seu exemplo, da suas palavras e gestos simples. Da sua identificação com os últimos, com os pobres, com aqueles que sofrem. Da sua pregação de pároco que reafirma que o nosso Deus, não é um Deus inatingível, distante, duro, mas sim um Deus misericordioso, que nos amou por primeiro.
Francisco traz a autenticidade de um Papa que sabe que o gesto é uma forma de comunicar por vezes mais forte do que a palavra. Conhece perfeitamente as dificuldades que a Igreja atravessa, a necessidade de uma reestruturação da Cúria Romana, trabalho aliás que já está fazendo. Conhece também os anseios das famílias e dos jovens diante dos desafios da sociedade atual. Tem um olhar preferencial para as crianças e idosos; olha para a necessidade da paz naqueles lugares onde vidas são ceifadas em nome de ideologias políticas. Conhece o drama dos novos mártires cristãos, perseguidos e assassinados pelo simples fato de carregarem uma cruz ou uma Bíblia.
É por este conhecimento das realidades fora dos muros vaticanos que Francisco, com a sua proximidade, é amado pelas pessoas, sejam elas de que religiões forem. Ele não é um super-homem, não é um astro do cinema ou da música; é simplesmente um homem que acredita no amor, nas pessoas, no Deus único que tudo transforma, no Cristo, que se tornou nosso irmão.
O segredo de Francisco? Colocar Deus e o homem no centro de tudo. Sim, tudo para ele parte da oração, da contemplação do mistério redentor de Cristo, e do homem, destinatário dessa redenção.
Muitos artigos, programas televisivos, radiofônicos foram feitos nesta semana para comemorar, explicar, dar dimensão ao primeiro ano de Pontificado de Bergoglio. Todos colocando em destaque temas e gestos que para eles foram mais impressionantes. Francisco sem querer jamais ser um homem popular, mas sim um pastor que ajuda, anima as pessoas a caminharem na sua fé, despertou em uma grande parcela da humanidade a esperança de que o mundo e a vida das pessoas podem mudar. Essa esperança é a aquela dos jovens que no Rio de Janeiro, durante a JMJ, viram nele o amigo que caminha junto e indica a direção.
Temos em Francisco o amigo que veio de longe não para realizar grandes feitos, mudar simplesmente a Igreja, ser o homem do ano. Não, ele veio para mudar o coração das pessoas. Essa é a grande revolução de Bergoglio, a revolução do coração. É bom comemorar esse aniversário, mas melhor ainda é dar ouvidos aos seus ensinamentos, nos quais ele convida todos a serem discípulos e missionários de Cristo, com o coração cheio de alegria e esperança. (Silvonei José)
Fonte:http://pt.radiovaticana.va/news/2014/03/15/editorial:_a_revolu%C3%A7%C3%A3o_de_francisco/bra-781432
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