Estação ferroviária será restaurada
Quixadá. O antigo prédio da estação ferroviária de Quixadá será restaurado. A decisão foi tomada pelos membros da Academia Quixadaense de Letras (AQL) após sua primeira reunião oficial, ainda em janeiro passado. A divulgação seria feita somente no Sábado de Aleluia, mas em razão do feriado religioso, da Sexta-feira Santa, o segundo encontro do ano foi adiado para o dia 6 de abril. Conforme o presidente da AQL, João Eudes Costa, as reuniões dos associados ocorrerão no ultimo sábado de cada mês, a partir das 19 horas, exceto em situações especiais, como a Semana Santa.
A Academia Quixadaense de Letras já aprontou o projeto de restauro. A proposta será apresentada em breve ao Instituto do Patrimônio (Iphan) FOTO: ALEX PIMENTEL
Todavia, apesar do adiamento da segunda noitada cultural dos "imortais", a Academia já aprontou o projeto de restauro da estação. A proposta será apresentada em breve ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No plano de restauração também consta a recuperação das instalações e readequação de alguns espaços. Segundo a coordenadora da AQL, Ângela Borges, o imóvel, cedido pela Transnordestina para sede da Academia, é tombado como patrimônio histórico. Qualquer obra, mesmo de recuperação, só poderá ser feita com o aval do Iphan.
Todas as características originais da estação ferroviária inaugurada em 1891 serão mantidas, assegura a AQL, conforme contrato de termo de guarda, onde se compromete a ocupar e cuidar do prédio. Na avaliação do escritor presidente, João Eudes Costa, o grande problema é a falta de recursos para realizar os serviços. Então, além da aprovação do projeto, a Academia precisará de patrocinadores.
Tão logo o Iphan dê o sinal positivo, empresários e entidades governamentais serão procurados. Não há data definida para início do restauro e nem de conclusão, mas o objetivo é transformar o espaço, até então abandonado, em um atuante ponto de cultura da cidade.
Além da restauração, a criação de uma biblioteca é uma das primeiras metas da AQL. Um dos vãos será transformado em sala de leitura. Nele, haverá exemplares à disposição do público, mas não apenas dos 20 membros da Academia. Obras de outros autores também estarão disponíveis aos leitores. Por esse motivo, no próximo encontro será lançada a campanha "Doe um livro", explicou Ângela Borges.
"A nossa Academia é uma instituição sem fins lucrativos. Não temos recursos próprios para custear as despesas. Nossos membros estão contribuindo, mas dependemos da sensibilização e interesse da nossa sociedade", enfatizou a coordenadora.
Foi a própria Academia quem custeou as despesas com a recuperação do telhado, muito danificado. As portas e janelas também estavam muito estragadas, sem nenhuma segurança. Grande parte do madeiramento foi comprometido pela ação do cupim. Houve necessidade de manter vigilância no local.
Em nome da Prefeitura de Quixadá, o vice-prefeito e presidente da Fundação Cultural Rachel de Queiroz, Wellington Queiroz, mais conhecido como Ci, assegurou um vigia noturno. Mesmo assim, Ângela Borges não poupou críticas ao Iphan. Ela não entende como o Instituto faz uma série de exigências, mas não oferece nenhum auxílio para a restauração e preservação dos prédios históricos.
Mesmo assim, o momento é de comemoração, afinal, a estação, com 121 anos de existência, estava ameaçada de ser demolida, como ocorreu com a Casa do Agente, em abril de 2008. Naquele ano, alguns dos atuais membros da AQL participaram da mobilização de protesto organizada pela sociedade civil, professores e alunos da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central, com o apoio da Associação das Famílias e Amigos de Quixadá (Afaq).
"Não imaginavam o destino reservado para o imóvel construído pela Rede Ferroviária Federal S.A. (Rffsa)", completou o presidente da instituição.
Diretoria
Conforme a Academia Quixadaense de Letras os atuais membros da entidade são: João Eudes Costa, Bruna Borges Costa, Francisco Carlos Carvalho da Silva, José Nilson Ferreira Gomes, Adail Bessa de Queiroz, Elisângela Martins da Silva Cruz, Maria Angélica Nogueira Bezerra, João Xavier de Holanda, Antônio Clébio Viriato Ribeiro, Maria das Graças Ferreira Lima, Gilnei Neves Nepomuceno, Maria Zeneida Costa, Francisco Jades Nobre de Araújo, Marcos Mairton da Silva, Manoel Dias da Fonseca Neto, Sebastião Diógenes Pinheiro, José Anízio de Araújo, Lúcio Gonçalo de Alcântara, Ana Carolina de Holanda Pavão e Antônio Weimar Gomes dos Santos. (Jornal Diário do Nordeste)
ALEX PIMENTELCOLABORADOR
A Academia Quixadaense de Letras já aprontou o projeto de restauro. A proposta será apresentada em breve ao Instituto do Patrimônio (Iphan) FOTO: ALEX PIMENTELTodavia, apesar do adiamento da segunda noitada cultural dos "imortais", a Academia já aprontou o projeto de restauro da estação. A proposta será apresentada em breve ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No plano de restauração também consta a recuperação das instalações e readequação de alguns espaços. Segundo a coordenadora da AQL, Ângela Borges, o imóvel, cedido pela Transnordestina para sede da Academia, é tombado como patrimônio histórico. Qualquer obra, mesmo de recuperação, só poderá ser feita com o aval do Iphan.
Todas as características originais da estação ferroviária inaugurada em 1891 serão mantidas, assegura a AQL, conforme contrato de termo de guarda, onde se compromete a ocupar e cuidar do prédio. Na avaliação do escritor presidente, João Eudes Costa, o grande problema é a falta de recursos para realizar os serviços. Então, além da aprovação do projeto, a Academia precisará de patrocinadores.
Tão logo o Iphan dê o sinal positivo, empresários e entidades governamentais serão procurados. Não há data definida para início do restauro e nem de conclusão, mas o objetivo é transformar o espaço, até então abandonado, em um atuante ponto de cultura da cidade.
Além da restauração, a criação de uma biblioteca é uma das primeiras metas da AQL. Um dos vãos será transformado em sala de leitura. Nele, haverá exemplares à disposição do público, mas não apenas dos 20 membros da Academia. Obras de outros autores também estarão disponíveis aos leitores. Por esse motivo, no próximo encontro será lançada a campanha "Doe um livro", explicou Ângela Borges.
"A nossa Academia é uma instituição sem fins lucrativos. Não temos recursos próprios para custear as despesas. Nossos membros estão contribuindo, mas dependemos da sensibilização e interesse da nossa sociedade", enfatizou a coordenadora.
Foi a própria Academia quem custeou as despesas com a recuperação do telhado, muito danificado. As portas e janelas também estavam muito estragadas, sem nenhuma segurança. Grande parte do madeiramento foi comprometido pela ação do cupim. Houve necessidade de manter vigilância no local.
Em nome da Prefeitura de Quixadá, o vice-prefeito e presidente da Fundação Cultural Rachel de Queiroz, Wellington Queiroz, mais conhecido como Ci, assegurou um vigia noturno. Mesmo assim, Ângela Borges não poupou críticas ao Iphan. Ela não entende como o Instituto faz uma série de exigências, mas não oferece nenhum auxílio para a restauração e preservação dos prédios históricos.
Mesmo assim, o momento é de comemoração, afinal, a estação, com 121 anos de existência, estava ameaçada de ser demolida, como ocorreu com a Casa do Agente, em abril de 2008. Naquele ano, alguns dos atuais membros da AQL participaram da mobilização de protesto organizada pela sociedade civil, professores e alunos da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central, com o apoio da Associação das Famílias e Amigos de Quixadá (Afaq).
"Não imaginavam o destino reservado para o imóvel construído pela Rede Ferroviária Federal S.A. (Rffsa)", completou o presidente da instituição.
Diretoria
Conforme a Academia Quixadaense de Letras os atuais membros da entidade são: João Eudes Costa, Bruna Borges Costa, Francisco Carlos Carvalho da Silva, José Nilson Ferreira Gomes, Adail Bessa de Queiroz, Elisângela Martins da Silva Cruz, Maria Angélica Nogueira Bezerra, João Xavier de Holanda, Antônio Clébio Viriato Ribeiro, Maria das Graças Ferreira Lima, Gilnei Neves Nepomuceno, Maria Zeneida Costa, Francisco Jades Nobre de Araújo, Marcos Mairton da Silva, Manoel Dias da Fonseca Neto, Sebastião Diógenes Pinheiro, José Anízio de Araújo, Lúcio Gonçalo de Alcântara, Ana Carolina de Holanda Pavão e Antônio Weimar Gomes dos Santos. (Jornal Diário do Nordeste)
ALEX PIMENTELCOLABORADOR
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